Ultra-Som
Comportamento do Feixe do Ultra-som
O comportamento do feixe do ultra-som não é uniforme. Podem ser identificados dois campos diferenciados, um é denominado campo próximo e o outro campo distante.

O QUE É CAMPO PRÓXIMO E DISTANTE?
• Campo próximo: zona em que há ausência de divergência; de fato existe uma ligeira convergência no feixe ultrassônico (afunilamento do feixe), o que facilita a promoção dos fenômenos de interferência de umas ondas sobre as demais, alterando as suas intensidades. Tal fenômeno determina intensidades bastante heterogêneas ao longo do feixe ultrassônico devido aos fenômenos de interferência do feixe (construtivas e destrutivas).
• Campo distante: zona em que há ausência quase total de fenômenos de interferência, de forma que o feixe sônico é uniforme e a intensidade diminui gradualmente ao aumentar a distância até o transdutor. O feixe ultrassônico tem um diâmetro maior. O tamanho depende do tipo de feixe sônico (diâmetro do cabeçote e freqüência).
A fronteira do que se chama campo próximo e campo distante é dada pela fórmula r2/L (ou equivalente D2/4L), onde r é o raio do transdutor e L o comprimento de onda do US, a partir da qual se pode calcular a distância (dada em cm).
Em geral, desejam-se os efeitos resultantes do campo próximo, pois é nele que são gerados com maior intensidade e eficácia a quebra de fibroses, aderências, efeitos térmicos e atérmicos
IMPLICAÇÕES DAS VARIÁVEIS DO US SOBRE O FEIXE DE EMISSÃO
O comprimento do campo próximo depende do diâmetro do cabeçote e do comprimento de onda.
A 1MHz
Cabeçote usual de 5 cm2, o campo próximo = 8 a 10 cm de comprimento.
1 cm2, o campo próximo = cerca de 2 cm de comprimento
3 cm2, o campo próximo = 5 a 6 cm do emissor de ultra-som.
A 3 MHz o campo próximo é três vezes mais curto, posto que o comprimento da onda resultante é proporcionalmente mais curto.
Como o ultra-som tem efeitos profundos limitados, as ações terapêuticas são produzidas principalmente pelo campo próximo, pelo fato de haver regiões de elevadas intensidades acústicas cercadas de regiões de intensidade acústica baixa, permitindo maior distensão sobre tecidos, células e moléculas.
ÁREA DE APLICAÇÃO EFETIVA OU ÁREA DE RADIAÇÃO EFETIVA (ERA)
A ERA do cabeçote de tratamento é um parâmetro importante que participa da determinação da intensidade. Como o elemento piezoelétrico não vibra uniformemente, a ERA é sempre menor que a área geométrica do cabeçote.
Para saber a intensidade exata é essencial a determinação da ERA.
As doses de ultra-som dependem da área a tratar, por isso a ERA também é um importante fator dosimétrico.

Introdução
Bases Físicas
Comportamento do Feixe do Ultra Som
US x Tecido
Aplicação
Período de Aplicação
Procedimento de Aplicação
Início e Frequência de Tratamento
Dosimetria
Efeitos no Tecido Biológico
Mecanismo de Analgesia
Ultra-som no Reparo Ósseo
Ultra-som no Reparo Tendíneo
Lesões Musculares
Mecanismo de Estímulo à Circulação Sanguínea
Terapia por Ultrassonoforse
Contra - Indicações
Referências Bibliográficas